O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta quinta-feira (28), na abertura do III Fórum Governamental de Gestão Ambiental A3P, no auditório do Tribunal Superior do Trabalho, que a Administração Pública tem que dar o exemplo no que diz respeito às práticas ambientais sustentáveis. "Não basta falar, tem que fazer", alertou.
Para ele, o governo não pode apenas ficar pedindo para a iniciativa privada adotar um comportamento ecologicamente correto sem fazer a sua parte para a preservação do meio ambiente.
Ele quer que as obras públicas utilizem apenas madeira certificada, sejam planejadas para assegurar um aproveitamento melhor da energia e da luz solares e contribuam direta e indiretamente para a redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa. "É fácil o estado cobrar, mas fazer o contrário", salientou.
O Fórum, que reúne mais de 400 participantes, é uma iniciativa da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA para que os gestores públicos troquem experiências sobre práticas sustentáveis nas obras públicas. A utilização de materiais reciclados, a redução do consumo de descartáveis poluidores do meio ambiente e a participação dos servidores na adoção de práticas sustentáveis foram destacados pelo ministro como medidas a serem incentivadas nos estados, municípios e na administração federal. Segundo ele, o serviço público tem que atuar como indutor, irradiando as boas práticas ambientais.
Para Minc, cada órgão público deveria ter um servidor por andar, responsável pelas práticas ambientais em seus locais de trabalho. "Temos que 'Ecologizar' a Administração Pública", destacou Minc. Os órgãos públicos, segundo disse, não podem "deseducar" ambientalmente. "Quando se dá o exemplo, estamos contaminando outros setores" , disse a respeito das boas práticas ambientais. Uma mudança de atitude da Administração nesse sentido poderia estimular os fornecedores a mudar seus hábitos também.
Ele citou exemplos, como adoção de papel reciclado em órgãos públicos do Rio. "Não queriam porque alegavam que ia ficar muito caro, mas depois do pregão eletrônico se viu que ia sair quase o mesmo preço", disse. Para o ministro, o que falta é a Administração criar demanda para produtos ecologicamente corretos. "Havendo produção em larga escala os preços despencam", avalia.
O Programa A3P já conta com a adesão de 33 instituições federais e comprometimento de mais de 300 entidades estaduais e municipais e recebeu a adesão do TST durante o Fórum. Participam vários órgãos da administração pública, dos três poderes, além de representantes de governos estaduais e municipais.
Minc voltou a destacar o papel da educação ambiental, do consumo consciente e das práticas simples que aliadas ao exemplo da administração pública contribuem para a preservação de um meio ambiente saudável. "Menos consumo de energia significa menos hidrelétricas, menos problemas ambientais e menos termoelétricas que contribuem muito para a emissão de gases nocivos ao meio ambiente", lembrou. (Fonte: MMA)
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