sábado, 28 de setembro de 2013

Painel da ONU reforça consenso sobre ação humana em clima

Para proteger a cidade das inundações que provavelmente acontecerão por conta do aquecimento global, Veneza terá que desembolsar mais de quatro bilhões de euros
Um relatório do painel da ONU para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) afirma que há 95% de certeza de que as atividades humanas têm sido o principal agente causador do aquecimento global desde os anos 1950.
O relatório – que é um esforço de diversos integrantes da comunidade científica em todo o mundo – foi divulgado nesta sexta-feira.
Em 2007, o IPCC havia estabelecido em “mais de 90%” a probabilidade de que ações humanas seriam a principal causadora do aquecimento global.
Desde os anos 1950, a humanidade é “nitidamente responsável” por mais da metade do aumento observado nas temperaturas. Desde 1998, as temperaturas pararam de subir, mas os cientistas minimizaram este fato.
Segundo eles, aquele ano foi muito quente devido aos eventos climáticos El Niño – que ocorrem no Oceano Pacífico e tem grande influência sobre a distribuição de chuva e calor em várias regiões do mundo – e isso contribuiu para que as temperaturas médias parassem de crescer.
O relatório afirma que o aquecimento global é um fenômeno “inequívoco”, verificado no ar, nos oceanos e no solo, e que mesmo a interrupção deste fenômeno nos últimos 15 anos foi curta demais para conter esta tendência de longo prazo.
“Tendências baseadas em dados de curto prazo [...] em geral não refletem tendências de longo prazo”, afirma o texto.
O painel diz que os gases nocivos ao meio ambiente continuando sendo emitidos, e que isso vai agravar o aquecimento global. Para deter isso, seriam necessárias “reduções substanciais e sustentadas de emissões de gases nocivos ao ambiente”.
Cada vez mais quente – O documento foi intensamente debatido por cientistas reunidos na Suécia nesta semana, antes de ser divulgado nesta sexta-feira. Os relatórios do IPCC servem como uma espécie de resumo consensual da comunidade científica para influenciar decisões tomadas pelos líderes políticos mundiais.
Esta é a primeira parte de três grandes documentos que serão divulgados ao longo dos próximos 12 meses. O texto de 36 páginas é considerado o mais abrangente já produzido pelo painel sobre os mecanismos de mudanças climáticas da Terra.
O relatório é categórico ao afirmar que, desde os anos 1950, as mudanças observadas são mais intensas do que as verificadas em “décadas e milênios” anteriores.
Nas últimas três décadas, a Terra foi ficando cada vez mais quente – com temperaturas médias provavelmente superiores a qualquer período nos últimos 1,4 mil anos.
“Nossa avaliação científica detecta que a atmosfera e os oceanos se aqueceram, a quantidade de neve e gelo diminuiu, a média do nível do mar aumentou e a concentração de gases nocivos ao ambiente se intensificou”, diz Qin Dahe, que é um dos diretores do IPCC.
No resumo do documento, os cientistas dizem que o nível do mar vai crescer em um ritmo mais acelerado do que o registrado nos últimos 40 anos.
A previsão é de que o planeta vai se aquecer em 1,5 graus Celsius até o fim do século. (Fonte: Portal iG)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Roteiro de Visitação "Caminhos do Engenho de Santana"

Com o objetivo de levar o conhecimento da história local, uma parceria entre o Instituto Cabruca, a RPPN Mãe da Mata, a Cooperbom Turismo, o Alanbique Rio do Engenho e outros parceiros foi criada.
A visitação ocorrerá inicialmente aos sábados e domingos com saídas dos hotéis às 08h da manhã e retorno às 15h com no mínimo 10 pessoas.
Esse roteiro está sendo operacionalizado pela Cooperbom Turismo, agencia parceira e os contatos podem ser feitos através do email: cooperbomturismo@hotmail.com ou pelo telefone (73) 3231 5563/8106 6068. O Valor do passeio por pessoa é de R$ 50,00.

RPPN Mãe da Mata cria Programa Adote uma Árvore

As Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs - são unidades de conservação de uso sustentável criadas em propriedades privadas e de forma voluntária. A criação de RPPNs representa uma estratégia viável para a Mata Atlântica, considerada área prioritária para projetos de conservação da biodiversidade no Brasil com áreas preservadas para a criação de novas unidades de conservação. O governo incentiva a criação de RPPNs que tem um importante papel nos modelos de gestão integrada e participativa no Brasil. Entretanto os "RPPNistas" relatam que existem grandes dificuldades desde as tramitações para a criação até e principalmente econômicas para a manutenção das reservas. Muitos proprietários precisam adotar práticas turísticas e programas socioambientais para captar recursos para a manutenção e preservação das reservas. 
Com o objetivo de captar recursos para as ações mais imediatas de manutenção da reserva, a RPPN Mãe da Mata adotou o Programa Adote uma Árvore. Ao contribuir voluntariamente em três modalidades de pagamento, o participante recebe um certificado de "Amigo da RPPN Mãe da Mata" e desconto na taxa de visitação. O  Programa Adote uma Árvore está em fase inicial e poderá sofrer modificações mas já é um avanço na busca por soluções.

As contribuições poderão ser mensais, semestrais ou anuais.

Programa 1 - Contribuição R$ 5,00 por mês
Programa 2 - Contribuição R$ 30,00 a cada 6 meses
Programa 3 - Contribuição R$ 60,00 por ano

Cada participante receberá um certificado de "Amigo da RPPN Mãe da Mata" e desconto na taxa de visitação por contribuir com o programa. Para participar, envie um e-mail à rppnmaedamata@gmail.com 

Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, descobriram que uma alta concentração de gás carbônico em um ambiente fechado pode prejudicar o desempenho das pessoas na hora de tomar decisões. A descoberta pode ter impacto no tamanho e na ventilação de salas de aula e em políticas para escritórios e universidades, sugerem os cientistas. O estudo, realizado em conjunto com pesquisadores da Universidade do Estado de Nova York, foi publicado no periódico “Environmental Health Perspectives”. Para chegar ao resultado, os cientistas criaram uma escala que cruza atividades que exigem tomada de decisão (divididas por gêneros, por exemplo quanto ao foco, o uso de estratégia e o uso de informações) e avaliações para elas (indo de “superior”, que significa 99% de bom desempenho na decisão, a até “disfuncional”, que significa 25% ou menos de acerto nas decisões). Foram avaliadas as decisões tomadas por voluntários em diferentes níveis de concentração de carbono no ar. Para o estudo, a unidade usada foi a parte por milhão (que diz quantas são as moléculas de CO2 por milhão de moléculas de gases na atmosfera). Em cinco das nove atividades medidas, um alto nível de CO2 (2,5 mil partes por milhão) fez com que os indivíduos tomassem decisões piores. Em dois destes casos, o desempenho foi considerado disfuncional (25% ou menos de acerto nas decisões). Em três, foi marginal (de 25% a 50% de bom desempenho nas decisões). Os cientistas afirmam que a maior queda de desempenho aconteceu em dois tipos de decisões – as que envolvem iniciativa e as que envolvem estratégia. Em ambos os casos, baixas concentrações de CO2 (600 partes por milhão) permitiram tomar decisões acertadas em 75% dos casos, contra aproximadamente 10% de acerto quando havia alto nível de carbono (2,5 mil partes por milhão). Os principais produtores de carbono em locais fechados são os próprios seres humanos, segundo a pesquisa. A concentração de CO2 em locais abertos costuma ser de 380 partes por milhão. Já em ambientes fechados, o nível de CO2 pode ultrapassar mil partes por milhão facilmente, dizem os cientistas. Os pesquisadores afirmam que o próximo passo é reproduzir o estudo em uma escala maior, para estudar melhor os efeitos do carbono. “Precisamos de uma amostra maior e mais testes em locais de trabalho com humanos”, pondera o cientista William Fisk, em entrevista ao site do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley. Fisk avalia que, no futuro, pode ser necessário estabelecer índices mínimos de ventilação em prédios, salas de aula e locais de trabalho, por exemplo. (Fonte: G1)

VISITA DA TURMA DE PEDAGOGIA DA UESB ITAPETINGA

No dia 17 de novembro recebemos com grande satisfação, a visita de alunas e alunos do Curso de Pedagogia da UESB - Campus Itapetinga - Capitaneados pela Professora Doutora Sandra Cunha, amiga emérita da RPPN Mãe da Mata.

VISITA DE ESTUDANTES DO CURSO DE GUIAS DE TURISMO DO IFBAIANO

Recebemos no dia 14.08 para uma Visita Técnica, Alunos e Professores do Curso Guia de Turismo do IFBAIANO - Campus Uruçuca. Fizemos uma Jornada bastante profícua, com visitação ao alambique e indústria de etanol, trilhas na mata e na cabruca de cacau, banho de véu de noiva e degustação de frutas orgânicas diversas. O Grupo foi capitaneado pelo jovem e dinâmico Professor Diogo Gomes.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Obama promete ‘medidas executivas’ para combater mudança climática

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu em seu discurso sobre o Estado da União que tomará “medidas executivas” para enfrentar a mudança climática se o Congresso não agir. “Pelo bem dos nossos filhos e do nosso futuro, temos que fazer mais para combater a mudança climática”, ressaltou o presidente em discurso perante o Congresso na noite desta terça-feira (12). Obama destacou que 12 dos últimos 15 anos foram os mais quentes da história, segundo os especialistas, e lembrou a tempestade “Sandy”, que castigou a costa nordeste dos Estados Unidos em outubro passado e a seca “mais severa em décadas” sofrida pelo país há alguns meses. “Podemos optar por acreditar que esses fenômenos foram simplesmente uma infeliz casualidade, ou então podemos optar por acreditar no julgamento contundente da ciência e tomar medidas antes que seja tarde demais”, advertiu. Assim, o presidente exortou o Congresso “a buscar uma solução para a mudança climática de caráter bipartidária”. “Mas, se o Congresso não tomar medidas em breve para proteger as gerações futuras, eu o farei.” Obama indicou que nesse caso adotará “medidas executivas” para “reduzir a poluição”, preparar as comunidades para as consequências da mudança climática “e agilizar a transição para fontes de energia mais sustentáveis”. (Fonte: UOL)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

AÇAÍ - ILHÉUS DE PARABENS COM NOVA INDÚSTRIA

Já está funcionando com carga plena a Indústria JET BRASIL ALIMENTOS - Processadora de Açaí e Frutas Diversas , do empresário João Eduardo Tavares. Implantada estrategicamente no Bairro Banco da Vitória em Ilhéus - Bahia - Brasil, a indústria tem capacidade para processar 150 toneladas por dia. Contato: 73 8834 0214.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Redução imediata de CO2 pode evitar enchentes e secas

Milhões de pessoas podem ser poupadas de secas e enchentes até 2050 se houver uma redução das emissões de gases do efeito estufa em 2016 em vez de em 2030, afirmaram cientistas neste domingo. Especialistas britânicos e alemães explicaram que a redução imediata nas emissões poderia retardar alguns impactos por décadas e prevenir outros por completo. Em 2050, um planeta se encaminhando para um aquecimento de 2ºC a 2,5ºC pode ter em 2100 duas possibilidades muito distintas, dependendo do caminho que se tome para chegar até lá, alertam em seu estudo publicado no jornal Nature Climate Change. Políticas que reduzam as emissões de carbono em 2016 em 5% por ano podem poupar entre 39 milhões e 68 milhões de pessoas de serem expostas a um maior risco de escassez de água em 2050, segundo Nigel Arnell da Universidade de Reading. Entretanto, esse é o melhor cenário possível. Por outro lado, se as emissões caírem 5% anualmente a partir de 2030, o número de pessoas que escapariam desse risco seria de 17 milhões a 48 milhões. No cenário da redução a partir de 2016, de 100 milhões a 161 milhões de pessoas poderiam ser poupadas de inundações. Comparado a isso, no cenário de 2030, o número de pessoas beneficiadas seria de 52 milhões a 120 milhões, indicou Arnell, diretor do Instituto Walker de mudanças climáticas da universidade. “Basicamente, em 2050, a política de 2030 teria entre metade e dois terços dos benefícios da melhor política (2016)”, embora ambas apontem para uma mudança de temperatura similar, de 2ºC a 2,5º C em 2100. “Você pode atingir o mesmo ponto (de temperatura) no fim do século, mas os danos causados no caminho até esse ponto podem ser muito diferentes”. Em um cenário sem restrições nas emissões, as temperaturas poderiam aumentar em 4ºC a 5,5ºC, de acordo com a pesquisa, que afirma ser a maior sobre os benefícios de se evitar os impactos das mudanças climáticas. Com uma média de aquecimento global de 4º C, cerca de 1 bilhão de pessoas poderiam ter menos água em 2100 do que têm hoje, e 330 milhões poderiam ser submetidas a grande risco de enchentes, disse Arnell em um comunicado. Uma redução em 2016 parece improvável, com as nações buscando adotar um novo pacto global sobre o clima em 2015 para entrar em vigor até cinco anos depois. A última rodada das Nações Unidas de debates sobre o clima em Doha, no Qatar, em dezembro, fracassou na tentativa de impor antes de 2020 cortes nas emissões de países que não haviam assinado o Protocolo de Kyoto, ainda que cientistas tenham alertado que a concentração de carbono na atmosfera continua aumentando. Três dos quatro maiores poluidores do mundo – China, Estados Unidos e Índia – estão entre os que não se comprometeram a limitar as emissões. Diversos pesquisadores acreditam que a Terra terá um aquecimento muito além dos 2ºC da meta da ONU em níveis pré-industriais. “Claro que reduzir a emissão de gases estufa não vai impedir por completo os impactos do aquecimento global, mas nossa pesquisa pode dar tempo para a elaboração de prédios, sistemas de transporte e de agricultura melhor adaptados às mudanças climáticas”, disse Arnell. (Fonte: Portal Terra)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

As maiores e mais velhas árvores do planeta estão em perigo

As maiores e mais velhas árvores do mundo, que são os organismos vivos mais antigos do planeta, estão desaparecendo de maneira alarmante, advertiram, nesta sexta-feira, cientistas americanos e australianos. Os resultados de um estudo publicado pela revista Science concluíram que, em todas as partes do mundo, as maiores e mais velhas árvores estão ameaçadas de desaparecer caso não existam políticas de preservação. “É um problema mundial que ocorre em quase todos os tipos de florestas”, indicou David Lindenmayer da Universidade Nacional da Austrália, que chefiou o programa de pesquisa. “Da mesma forma que os grandes animais, como os elefantes, os tigres ou os cetáceos, cuja população está em forte declínio, uma série de indícios mostra que estas árvores correm o mesmo risco”, ressaltou o estudo. Lindenmayer iniciou a pesquisa com colegas da Universidade James Cook da Austrália e da Universidade de Washington nos Estados Unidos depois de ter estudado amostras da década de 1860 retiradas de florestas suecas. Os pesquisadores constataram um inquietante desaparecimento das grandes árvores com entre 100 e 300 anos de idade em partes da Europa, Américas do Norte e do Sul, África, Ásia e Austrália. As sorveiras da Austrália, os pinhos dos Estados Unidos, as sequoias da Califórnia e os baobás da Tanzânia são as principais espécies em perigo. Os incêndios florestais não são os únicos responsáveis, uma vez que a taxa de mortalidade é dez vezes superior ao normal, inclusive nos anos sem incêndios. Este fenômeno resulta, segundo afirmam cientistas, de uma combinação de fatores como o aquecimento climático, o desmatamento e a necessidade de terras agrícolas. “Estamos falando do desaparecimento dos maiores organismos vivos do planeta e de organismos que têm um papel determinante na regulação da riqueza de nosso mundo. A tendência é, de fato, muito preocupante”, declarou Bill Laurance, da Universidade James Cook. As grandes árvores são lugares de nidificação e de vida para cerca de 30% de aves e animais de nosso ecossistema. São também enormes poços de carbono e importantes reservas de substratos.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Clima extremo é o novo normal, diz secretário-geral da ONU

O clima extremo é o novo normal e representa uma ameaça à raça humana, disse na terça-feira (4) o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, enquanto tentava reviver as negociações globais para combater a mudança climática, atualmente em um impasse. A intervenção de Ban ocorre em um momento em que os esforços para aprovar uma ampliação simbólica do Protocolo de Kyoto parecem vacilar. O Protocolo de Kyoto é um tratado que obriga cerca de 35 países desenvolvidos a cortar suas emissões de gases de efeito estufa. Em um discurso feito aos representantes de quase 200 países reunidos em Doha, Ban afirmou que o degelo do Ártico que deve atingir um nível recorde este ano , as supertempestades e a elevação do nível das marés são sinais de uma crise. “O anormal é o novo normal”, disse ele aos delegados presentes ao encontro iniciado em 26 de novembro que segue até 7 de dezembro. Ele afirmou que os sinais de mudança estão aparentes em todo lugar e “dos Estados Unidos à Índia, da Ucrânia ao Brasil , a seca dizimou lavouras essenciais no mundo”. “Ninguém está imune à mudança climática – rico ou pobre. Esse é um desafio existencial para toda a raça humana, nosso modo de vida, nossos planos para o futuro”, afirmou ele. Exortando as nações a deixarem de lado a apatia e se tornarem mais ambiciosas, ele afirmara mais cedo que a supertempestade Sandy , que atingiu o Caribe e os EUA há um mês, “nos deu um chamado de alerta”. O fracasso para aprovar a extensão do pacto de Kyoto tem prejudicado os esforços para estabelecer as bases de um novo acordo global, sob os auspícios da ONU, que deverá ser aprovado em 2015 para entrar em vigor a partir de 2020. Na última tentativa feita em 2009, uma cúpula em Copenhague não conseguiu aprovar um acordo global para suceder o Protocolo de Kyoto. Kyoto exigiu que os países cortassem suas emissões de gás-estufa em uma média de 5,2 por cento abaixo dos níveis de 1990 de 2008 a 2012. (Fonte: Portal iG)

domingo, 18 de novembro de 2012

Luta contra a desigualdade passa pelo acesso a sanitários, afirma ONU

A eliminação das desigualdades pode começar em um lugar muito pouco considerado, os banheiros, segundo declarou nesta sexta-feira (16), em Genebra, a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Catarina de Albuquerque, por ocasião do Dia Mundial dos Banheiros. Ela é encarregada do direito fundamental à água potável e saneamento. Este dia, comemorado em 19 de novembro, busca chamar a atenção para os 2,5 bilhões de pessoas no mundo que não têm acesso a banheiros. “O acesso aos banheiros ilustra melhor do que todo o resto a desigualdade entre quem tem acesso e os que não têm’, acrescentou Alburquerque. “A cada dia, 7.500 pessoas, entre elas 5.000 crianças com menos de 5 anos, morrem em consequência de carecer de sanitários”, alertou a especialista. “Todos os anos, 272 milhões de dias de aula são perdidos por doenças vinculadas à falta de sanitários”, recorda a encarregada, revelando ainda que mais de uma em cada três pessoas não têm acesso a sanitários. “O acesso aos serviços sanitários é um dos principais Objetivos do Milênio e é visível que não será cumprido até 2015″. Segundo ela, um bilhão de pessoas fazem diariamente suas necessidades ao ar livre. “Tente imaginar-se sem banheiro, sem trabalho, sem casa. Imagine-se tendo de fazer suas necessidades nas ruas de sua cidade; imagine-se tendo de encontrar a cada dia um lugar seguro. Imagine a insegurança e a indignidade desta situação, especialmente se você é uma mulher”, afirmou Albuquerque. O acesso a sanitários faz parte dos direitos humanos básicos. Quem não utiliza desse direito é considerado marginalizado e excluído da sociedade. (Fonte: G1)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Muito carbono em local fechado faz pessoa ter decisões piores, diz estudo

Pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, descobriram que uma alta concentração de gás carbônico em um ambiente fechado pode prejudicar o desempenho das pessoas na hora de tomar decisões. A descoberta pode ter impacto no tamanho e na ventilação de salas de aula e em políticas para escritórios e universidades, sugerem os cientistas. O estudo, realizado em conjunto com pesquisadores da Universidade do Estado de Nova York, foi publicado no periódico “Environmental Health Perspectives”. Para chegar ao resultado, os cientistas criaram uma escala que cruza atividades que exigem tomada de decisão (divididas por gêneros, por exemplo quanto ao foco, o uso de estratégia e o uso de informações) e avaliações para elas (indo de “superior”, que significa 99% de bom desempenho na decisão, a até “disfuncional”, que significa 25% ou menos de acerto nas decisões). Foram avaliadas as decisões tomadas por voluntários em diferentes níveis de concentração de carbono no ar. Para o estudo, a unidade usada foi a parte por milhão (que diz quantas são as moléculas de CO2 por milhão de moléculas de gases na atmosfera). Em cinco das nove atividades medidas, um alto nível de CO2 (2,5 mil partes por milhão) fez com que os indivíduos tomassem decisões piores. Em dois destes casos, o desempenho foi considerado disfuncional (25% ou menos de acerto nas decisões). Em três, foi marginal (de 25% a 50% de bom desempenho nas decisões). Os cientistas afirmam que a maior queda de desempenho aconteceu em dois tipos de decisões – as que envolvem iniciativa e as que envolvem estratégia. Em ambos os casos, baixas concentrações de CO2 (600 partes por milhão) permitiram tomar decisões acertadas em 75% dos casos, contra aproximadamente 10% de acerto quando havia alto nível de carbono (2,5 mil partes por milhão). Os principais produtores de carbono em locais fechados são os próprios seres humanos, segundo a pesquisa. A concentração de CO2 em locais abertos costuma ser de 380 partes por milhão. Já em ambientes fechados, o nível de CO2 pode ultrapassar mil partes por milhão facilmente, dizem os cientistas. Os pesquisadores afirmam que o próximo passo é reproduzir o estudo em uma escala maior, para estudar melhor os efeitos do carbono. “Precisamos de uma amostra maior e mais testes em locais de trabalho com humanos”, pondera

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

AULA DE CAMPO DA ESCOLA DINÂMICA DE ILHÉUS

No dia 3 de outubro passado recebemos com grande alegria, um grupo de alunos da Escola Dinâmica de Ilhéus, que visitaram a Mãe da Mata para uma aula de campo sobre o tema ÁGUA. Foram liderados pela Competente e Dinâmica Diretora Professora Jeane e pelos competentes Professores José Euclides, Ilze Carla, Patrícia e Lilliam.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

VISITA À RPPN MÃE DA MATA DOS ESTUDANTES DE ENGENHARIA AMBIENTAL DA FTC

Com grande satisfação recebemos a visita no dia quinze de setembro dos estudantes de Engenharia Ambiental da FTC para um Dia de Campo
, liderados pelo dinâmico e competente Professor Flávio Leopoldino - amigo emérito da RPPN MÃE DA MATA.

sábado, 15 de setembro de 2012

VISITA DA TURMA DE PEDAGOGIA DA UESB ITAPETINGA

Recebemos com muita alegria no dia 25 de agosto a turma de pedagogia da UESB ITAPETINGA, mais uma vez capitaneados pela Professora Doutora Sandra Cunha.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

INSTITUTO FLORESTA VIVA PROMOVE A NATUREZA E AS PESOAS DO SUL DA BAHIA


Criado em 2003 pelo Engenheiro Agrônomo Rui Barbosa Rocha, nos seus nove anos de existência o Instituto Floresta Viva vem executando projetos de alta relevância - tanto para a manutenção da biodiversidade do bioma Mata Atlântica, como tambem para a melhoria da qualidade de vida de centenas de famílias de agricultores familiares e quilombolas.Parabenizamos o Floresta Viva usando as palavras da sua própria equipe:O Sul da Bahia é o nosso lugar, com seus cheiros de mato e os seus bichos, o cacau e as especiarias, os peixes e os mangues, os corais belíssimos e os morros quietos que admiram suavemente a sua paisagem. Sim, a paisagem das montanhas mais adentro, moldadas pelas chuvas e pelo sol.

domingo, 1 de abril de 2012

Nova Indústria de Processamento de Açaí em Ilhéus - Bahia


Foi inaugurada hoje em Ilhéus, no Bairro Banco da Vitória, às nove horas a Indústria de Processamento de Açaí JET BRASIL de propriedade do Empresário João Eduardo Tavares.Na ocasião foi oferecido aos convidados - técnicos, clientes, amigas e amigos um excelente café da manhã. A indústria deverá processar quinze mil toneladas por ano de açaí e empregará cento e cinquenta trabalhadoras e trabalhadores, quando estiver com sua carga máxima. Parabens para João Eduardo e para Ilhéus por esse importante empreendimento. Contatos:Fones: 73 8107 1898,
73 8834 0214, 73 3231 8474 e-mail:jetavares12@yahoo.com.br .

domingo, 25 de março de 2012

Visita dos Professores do C E E P - Ilhéus


Com grande satisfação recebemos hoje a visita das Professoras e Professores do CEEP - Ilhéus, que vieram conhecer o Projeto Pedagógico Mãe da Mata.Com eles vieram várias crianças e adolescentes - filhos e sobrinhos - além do Presidente do Sindicato de Hotéis de Ilhéus, o Senhor Gilberto Tavares.

sábado, 10 de março de 2012

Visita de alun@s de Zootecnia da UESB de Itapetinga


No dia 4 de março, com muita alegria, recebemos a visita da Turma de Zootecnia da UESB Itapetinga, trazidos pela Professora Doutora Sandra Cunha.

Visita de alun@s de Pedagogia e Biologia - UESB Itapetinga


Com grande satisfação recebemos no dia 3 de março a visita dos alun@s de pedagogia e biologia da UESB de Itapetinga,acompanhados da Doutora Sandra Cunha.

sábado, 3 de março de 2012

Visita da Turma de Biologia da UESB



Recebemos com satisfação no dia quatro de fevereiro a visita da Doutora Sandra Cunha da UESB com suas alunas e alunos de Biolagia.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

ÓTIMA NOTÍCIA - FUNGO DECOMPÕE PLÁSTICO POLIURETANO

Se você não está convencido da importância de proteger a biodiversidade de florestas tropicais, aqui vai mais um argumento a favor: estudantes da Universidade de Yale, EUA, descobriram um fungo amazônico que pode comer os resíduos mais duráveis de nossos aterros: o poliuretano.
Durante uma expedição ao Equador, os universitários perceberam que o fungo tinha a capacidade de decompor o plástico. Este plástico é um dos compostos químicos encontrados em muitos, mas muitos mesmo produtos modernos – de mangueiras de jardim a fantasias.
Ele é valorizado por sua flexibilidade e rigidez ao mesmo tempo. O problema é que, como muitos outros polímeros, ele não se quebra facilmente. Isso significa que persiste em aterros e lixões de todo mundo por muito tempo.
O plástico até queima muito bem, mas esse processo libera monóxido de carbono e outros gases na atmosfera, por isso é uma impossibilidade ambiental. Nem precisamos destacar que algo que pode degradá-lo naturalmente seria uma solução muito melhor.
O fungo, chamado Pestalotiopsis microspore, consegue sobreviver com uma dieta de apenas poliuretano, em um ambiente anaeróbico.
A equipe de Yale isolou a enzima que permite que este fungo faça esse trabalho e que poderia ser usada para biorremediação.
Para nós, é estranho pensar em um microorganismo que coma material sintético durável, mas acredite, esse não é sequer o primeiro a fazer isso. Bactérias e fungos são capazes de quebrar muitos materiais. Uma espécie bacteriana – Halomonas titanicae – está comendo o Titanic no fundo do mar, por exemplo. Sorte nossa que podemos contar com tais criaturas incríveis.[POPSCI]

domingo, 6 de novembro de 2011

Amazônia por um fio: em 5 anos, cenário pode ser irreversível

(Por Jornal Ambiental)
A Amazônia está em seu limite. O alerta foi feito pelo biólogo Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, de Virgínia, Estados Unidos. Segundo ele, a floresta “está muito próxima de um ponto de não retorno para sua sobrevivência, devido a uma combinação de fatores que incluem aquecimento global, desflorestamento e queimadas que minam o sistema hidrogeológico”. De acordo com o pesquisador, restam apenas cinco anos para se inverter as tendências em tempo de se evitar consequências climáticas globais graves, como a desertificação de algumas regiões.
Os vilões são os métodos empregados em larga escala pelo setor extrativista predatório (madeireiros) e pela agricultura extensiva (pecuária) para ocupar áreas na Amazônia: motosserra, correntão e fogo. Para o doutor em Ciências da Terra e especialista em Amazônia Antônio Donato Nobre, se os legisladores do Brasil enxergassem o que a comunidade científica já vê, as ações do governo poderiam ser mais eficazes para a recuperação de biomas via mecanismos de valorização econômica para um uso sustentável da floresta.
“No entanto, o que vemos é uma busca frenética por alterar a lei das florestas (como ocorreu com o código florestal) na direção contrária ao que seria urgente: anistia para os desmatadores e estímulo continuado para o processo de desmatamento. A sociedade brasileira tem demonstrado preocupação com a floresta e com o clima de forma massiva e inequívoca, fato, entretanto, que não parece sensibilizar a maioria daqueles que fazem as leis”, destaca Nobre.
Segundo o pesquisador brasileiro, há consenso na comunidade científica de que a floresta em pé, intacta, tenha alguma capacidade de resistir a mudanças climáticas externas. “Desde os anos 1970 estamos construindo o conhecimento de como a floresta influencia e é influenciada pelo clima. Ela transpira extraordinários volumes de água (aproximadamente 20 bilhões de toneladas evaporam por dia) e condiciona engenhosamente a própria chuva. Além de chuvas, ventos que seccionam a umidade atmosférica do Atlântico para dentro da América do Sul. Esse sistema virtuoso parece ter resistido ao longo de eras geológicas, mas sempre contando com extensiva cobertura florestal nativa”, explica.
Contudo, a alteração da cobertura florestal perturba o mecanismo da floresta amazônica e compromete sua capacidade de auto-regeneração. “A teoria da bomba biótica explica o motivo: sem floresta ocorre redução brusca do bombeamento de água via árvores do solo para a atmosfera; menos vapor é emitido pela superfície desmatada, menos condensação nas nuvens, menos ventos nos rios voadores, menor entrada de umidade na região”. Os estudos observacionais de modelagem climática e análise teórica convergem na indicação de que limites importantes de desmatamento e degradação florestal estão se aproximando, reforça o pesquisador.
De acordo com Lovejoy, restam apenas cinco anos para se inverter as tendências em tempo de se evitar problemas de maior gravidade. Além disso, o biólogo crê que 20% de desflorestamento em relação ao tamanho original da Amazônia é o máximo que ela consegue suportar e o atual índice já é de 17% (em 1965, a taxa era de 3%). Ou seja, a floresta como conhecemos estaria prestes a acabar.
Para Antônio Donato Nobre, nos melhores cenários teríamos um clima muito mais seco, parecido com aquele que produz savanas. Isso levaria a ocorrência de fogo, o que dificultaria o retorno da floresta. Já nos piores cenários imaginados, com o sumiço do “oceano verde” os ventos alísios enfraqueceriam até o ponto de não mais entrarem na América do Sul, o que poderia causar uma desertificação em determinadas áreas. “Em qualquer caso, é de se imaginar que uma alteração tão grande nas cabeceiras dos rios voadores deva afetar o transporte de umidade para o Centro Oeste, Sudeste e Sul, o que implicaria em esperar uma acidificação importante ou desertificante para a porção meridional da América do Sul (a região compreendida entre Cuiabá e Buenos Aires, e entre São Paulo e os Andes)”, analisa.
Há estudos que sugerem ainda que um desaparecimento da Amazônia teria repercussões diretas nos dois grandes oceanos do mundo, Pacifico e Atlântico, com consequências climáticas globais. (Fonte: Portal Terra)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Visita de alun@s da Escola Municipal do Pontal











Com muita alegria realizamos um Passeio Pedagógico na Reserva Mãe da Mata com alun@s da 7ª e 8ª Séries da Escola Municipal do Pontal, acompanhados pelas competentes Professoras Lucimar, Cristiane, Zila, Maribel e Maria do Carmo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Turmas 5ª e 6ª Séries Colégio Municipal do Pontal











Com grande satisfação recebemos a visita das turmas da 5ª e 6ª séries do Colégio Municipal do Pontal no dia 21/10/2011, acompanhadas pelas competentes professoras Analucia, Maria José, Sayonara e Linsmara.

domingo, 23 de outubro de 2011

Visita da Turma do Curso Formação de Professores da UESB


Recebemos com enorme satisfação a visita no dia 22 de outubro de 2011, da Competente Turma do Curso Formação de Professores da UESB, liderados pela Professora Doutora Sandra Cunha. A Doutora Sandra é Personalidade Émerita da RPPN Mãe da Mata, já tendo nos visitado por treze vezes, sempre acompanhada de seus alunos das mais diferentes disciplinas.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE



Nos dias 13 e 14 de outubro visitaram a RPPN Mãe da Mata várias turmas de alunos do conceituadíssimo Colégio Piedade, acompanhados pelos professores Marcus, Beth, Katiane, Aderbal, Jorge Alessandro, Fernanda, Mayana, Meira, Anacleto, Jonir e Adriano. Vejam as imagens abaixo.

sábado, 15 de outubro de 2011

ATETI - Associação Transporte Escolar e Turismo de Ilheus


Beto Badaró, Josenildo e Marcos - esses são nossos parceiros que transportam com responsabilidade e segurança alunos, professores e visitantes outros da Reserva Mãe da Mata.

Visita do 3º Ano Turma A do Colégio Militar de Itabuna


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Fazer atividade 15 minutos por dia dá três anos a mais de vida, diz estudo!

Fazer apenas 15 minutos de exercício moderado por dia pode acrescentar três anos na vida de uma pessoa, indicou uma pesquisa em Taiwan.

Isso representa um volume de atividade física menor que o recomendado, que são 30 minutos diários, cinco dias por semana. Especialistas esperam que a dose menor motive mais pessoas a levantar do sofá.

O pesquisador Chi Pang Wen, do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde de Taiwan, disse que dedicar 15 minutos do dia a formas moderadas de exercício, como um andar mais acelerado, poderia beneficiar a todos.

“É para homens, mulheres, jovens e idosos, fumantes, pessoas saudáveis e não tão saudáveis. Médicos, quando atendem a qualquer tipo de paciente, esse é um conselho que serve para todos”, disse Wen à Reuters por telefone.

Wen e seus colegas, que publicaram suas descobertas na revista médica The Lancet nesta terça-feira (16), acompanharam cerca de 416 mil pessoas durante 13 anos, analisando seus históricos de saúde e os níveis de atividade física realizados em cada ano.

Depois de considerar as diferenças de idade, peso, sexo e uma série de outros indicadores ligados à saúde, eles descobriram que os que faziam apenas 15 minutos de exercícios moderados por dia aumentavam a expectativa de vida em três anos, comparados àqueles que permaneciam inativos.

“Nos primeiros 15 minutos, (…) os benefícios são gigantescos”, disse Wen.

O exercício diário também está ligado à uma incidência menor de câncer, e parece reduzir as mortes ligadas ao câncer em uma em cada dez pessoas.

“Cedo ou tarde, as pessoas vão morrer, mas, comparado com o grupo inativo, o grupo que faz um pouco de exercício tem uma redução de 10 por cento na mortalidade por câncer”, diz Wen. Jornal Ambiental (Fonte: G1)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Visita à RPPN Mãe da Mata da Coordenadora de Turismo do SEBRAE Mata Atlântica - Claudiana Figueiredo, das Empresárias Denise e Marina da Ícone Consultoria de Belo Horizonte e de Márcia Torres Gerente do Convention & Visitors Bureau.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

RPPN MÃE DA MATA PROMOVE O TURISMO PEDAGÓGICO EM ILHÉUS

A Mãe da Mata -RPPN está situada nas históricas terras do Engenho de Sant'Anna , as quais pertenceram a Mem de Sá, Terceiro Governador Geral do Brasil, tendo sido doadas ao mesmo em 1537, pelo Donatário da Capitania de São Jorge dos Ilhéus, Jorge Figueiredo Correia.

Distando apenas 15km do centro de Ilhéus, a Reserva com sua imensa Biodiversidade é um local ideal para aulas de Educação Ambiental , Administração, História do Brasil, Ecologia, Hidrologia, Geografia, Agronomia, Economia, Contabilidade Ambiental, Biologia, Farmacobotânica, Botânica, Zoologia, Desenvolvimento Ambiental, Saúde Ambiental, Turismo Ecológico, reflexão, relaxamento, meditação e descanso.

Com uma Agricultura orgânica certificada e diversificada, em outra área da propriedade, os alunos, professores e visitantes, conhecerão os cultivos de cacau, cupuaçu, pupunha, açaí, banana, etc, em sistemas Agro Florestais e também uma indústria de álcool bio combustível.

"A nossa intenção é proporcionar às escolas um espaço onde os alunos constatem, comparem, avaliem, valorem, decidam, intervenham e principalmente, aventurem-se, tornando-se presenças conscientes e transformadoras no mundo", afirma Ronaldo Santana, gestor da RPPN e vice-presidente da Câmara do Turismo da Costa do Cacau.

A fauna - animais terrestres e aves - é também preservada e muito diversificada, com algumas espécies em extinção sendo estudadas por importantes Universidades Brasileiras como USP e UESC. A flora - com matas primárias e árvores centenárias, é também preservada e muito diversificada, com algumas espécies em extinção sendo estudadas por pesquisadores de renome em convênio com a UESC/CEPLAC/JARDIM BOTÂNICO DE NOVA YORK.
Vale fazer uma visita a este maravilhoso cenário pedagógico.
Informações e visitas: 73 3231 5563/ 8106 6068
E-mail: cooperbomturismo@hotmail.com

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ilhéus faz reciclagem do lixo rural

O reaproveitamento dos recursos materiais já existentes e a utilização da mão-de-obra local foram fundamentais para o sucesso do projeto de reciclagem implantado pela Prefeitura de Ilhéus desde o ano passado.
A iniciativa beneficia as comunidades de Inema e Pimenteira, na zona rural. Além de dar solução final adequada aos resíduos sólidos, o projeto vem mudando a realidade dos moradores, gerando emprego e renda para a população.
Com a necessidade de atender à crescente demanda de produção de lixo na zona rural, a secretaria municipal de Governo e Assuntos Estratégicos propôs a criação de um projeto que solucionasse o recolhimento e a destinação final do lixo.
Com a utilização de recursos já existentes no local, recrutamento de pessoas da própria comunidade, a prefeitura em parceria com o empresário Marcos Lucato iniciou o projeto-piloto de reciclagem no distrito de Inema.
O projeto vem mudando a rotina da coleta de lixo no distrito, que passou a ser feita duas vezes ao dia. No local foi construído um galpão, que serve de abrigo para os resíduos recolhidos e selecionados, além de valas para aterrar os rejeitos.
A cada coleta é feita triagem dos dejetos, inclusive do material orgânico, que vai servir na preparação de adubo. A cada coleta, tudo que pode ser reaproveitado segue para o galpão.
“Com o distrito limpo, a saúde da população local também é beneficiada já que diminui os possíveis reservatórios de mosquito da dengue, por exemplo, entre outros criatórios para outros animais nocivos”, afirmou Lucato.

sábado, 30 de outubro de 2010

Coordenadores e Professores do Programa Despertar do Senar visitaram a Mãe da Mata.

Recebemos hoje a visita de um grupo de Professoras e Professores de Caatiba - Ba, do Programa Despertar do SENAR (Foto acima) os quais vieram participar do Projeto de Educação Ambiental que desenvolvemos na RPPN Mãe da Mata. O grupo foi coordenado pela Professora Joselita Almeida e Pelo professor Manoel Neto. Parabéns Caatiba.


domingo, 10 de outubro de 2010

Bilhões correm risco de abastecimento de água, diz estudo

Cerca de 80% da população mundial vive em áreas onde o abastecimento de água potável não é assegurado, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (29) na revista científica Nature.
Os pesquisadores organizaram um índice com as “ameaças para a água” incluindo itens como escassez e poluição.

Cerca de 3,4 bilhões de pessoas enfrentam as piores ameaças, segundo o estudo. Os pesquisadores dizem que o hábito ocidental de conservar água para suas populações em reservatórios funciona para as pessoas, mas não para a natureza.

Eles recomendam que países em desenvolvimento não sigam o mesmo caminho, mas sim invistam em estratégias de gerenciamento hídrico que mescle infraestrutura com opções “naturais”, como bacias hidrográficas e pântanos.

Mapeamento – Os autores dizem que nas próximas décadas o panorama deve piorar, com o aumento populacional e as mudanças climáticas.

Eles combinaram dados de diferentes ameaças para a confecção do índice.

O resultado é um mapa que indica as ameaças ao fornecimento para a humanidade e para a biodiversidade.

“Olhamos para o fatos de forma fria, analisando o que acontece em relação ao abastecimento de água para as pessoas e o impacto no meio-ambiente da infraestrutura criada para garantir este fornecimento”, disse o responsável pelo estudo Charles Vorosmarty, do City College de Nova York.

“O que mapeamos foi um padrão de ameaças em todo o planeta, apesar dos trilhões de dólares gastos em engenharias paliativas”, completou, referindo-se a represas, canais e aquedutos usados para assegurar o abastecimento de cidades.

No mapa das ameaças ao abastecimento, boa parte da Europa e América do Norte aparecem em condições ruins.

Mas quando o impacto da infraestrutura criada para distribuir e conservar a água é adicionado, as ameaças desaparecem destas regiões, com exceção da África, que parece estar rumando para a direção oposta.

“O problema é que sabemos que uma fatia enorme da população mundial não pode pagar por estes investimentos”, disse Peter McIntyre, da Universidade de Wisconsin, que também participou da pesquisa.

“Na verdade, estes investimentos beneficiam menos de um bilhão de pessoas, o que significa que excluímos a grande maioria da população mundial”, disse ele.

“Mas mesmo em países ricos, esta não é a opção mais inteligente. Poderíamos continuar a construir mais represas ou explorar mais fundo o subterrâneo, mas mesmo se tivermos dinheiro para isso, não é uma saída eficiente em termos de custo”, disse ele.

Críticas – De acordo com esta e outras pesquisas, a forma como a água é tratada no ocidente teve um impacto significativo na natureza.

Atualmente, um conceito defendido por organizações de desenvolvimento é o gerenciamento integrado da água, no qual as necessidades de todos os usuários são levadas em consideração e as particularidades naturais são integradas às soluções criadas pelo homem.

Um exemplo citado é o abastecimento de água da cidade de Nova York, feito por fontes nas montanhas de Catskill. Estas águas historicamente não precisavam de filtragem até a década de 1990, quando a poluição agricultural mudou o cenário.

A solução adotada, um programa de conservação de terras, se provou mais barata do que a alternativa de construção de unidades de tratamento.

A atual análise pode vir a ser contestada por conter elementos relativamente subjetivos, como por exemplo a forma como as diferentes ameaças são pesadas e combinadas.

Mas os pesquisadores a consideram uma base para futuros estudos e calculam que ela possa ser melhorada quando surgirem dados mais precisos, especialmente de regiões como a África.

Eles calculam que os países desenvolvidos e os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), não conseguirão investir em infraestrutura os US$ 800 bilhões que o estudo julga necessários até 2015. O panorama para países em desenvolvimento é mais sombrio.

“Este é um raio-x do mundo há cinco ou dez anos, porque fizemos o estudo com bases nestes dados”, disse McIntyre. (Fonte: G1)

domingo, 4 de julho de 2010

Email da Professora Beth Medauar do Colégio Piedade e fotos do grupo de alunos do 2º ano do Ensino Médio que visitaram a Reserva no dia 9 de junho.


Oi Ronaldo,

Primeiramente obrigado pelo carinho, competência e organização. Foi um dia especial e marcante pra todos nós. Voltamos pessoas melhores e muito mais informadas. Vcs dois foram muito legais, sem contar com as habilidades e competência de ligeirinho.

Segue fotos com nosso muito e sincero obrigado.
Beth Medauar

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Hidropirataria

Navios-tanque traficam água de rios da Amazônia
Estima-se que cada embarcação seja abastecida com 250 milhões de litros de água doce, para engarrafamento na Europa e Oriente Médio.

Por Chico Araújo - Agência Amazônia

BRASÍLIA – É assustador o tráfico de água doce no Brasil. A denúncia está na revista jurídica Consulex 310, de dezembro do ano passado, num texto sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o mercado internacional de água. A revista denuncia: “Navios-tanque estão retirando sorrateiramente água do Rio Amazonas”. Empresas internacionais até já criaram novas tecnologias para a captação da água. Uma delas, a Nordic Water Supply Co., empresa da Noruega, já firmou contrato de exportação de água com essa técnica para a Grécia, Oriente Médio, Madeira e Caribe.

Conforme a revista, a captação geralmente é feita no ponto que o rio deságua no Oceano Atlântico. Estima-se que cada embarcação seja abastecida com 250 milhões de litros de água doce, para engarrafamento na Europa e Oriente Médio. Diz a revista ser grande o interesse pela água farta do Brasil, considerando que é mais barato tratar águas usurpadas (US$ 0,80 o metro cúbico) do que realizar a dessalinização das águas oceânicas (US$ 1,50).

Anos atrás, a Agência Amazônia também denunciou a prática nefasta. Até agora, ao que se sabe nada de concreto foi feito para coibir o crime batizado de hidropirataria. Para a revista Consulex, “essa prática ilegal não pode ser negligenciada pelas autoridades brasileiras, tendo em vista que são considerados bens da União os lagos, os rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio (CF, art. 20, III).


Outro dispositivo, a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, atribui à Agência Nacional de Águas (ANA), entre outros órgãos federais, a fiscalização dos recursos hídricos de domínio da União. A lei ainda prevê os mecanismos de outorga de utiliz ação desse direito. Assinado pela advogada Ilma de Camargos Pereira Barcellos, o artigo ainda destaca que a água é um bem ambiental de uso comum da humanidade. “É recurso vital. Dela depende a vida no planeta. Por isso mesmo impõe-se salvaguardar os recursos hídricos do País de interesses econômicos ou políticos internacionais”, defende a autora.


Segundo Ilma Barcellos, o transporte internacional de água já é realizado através de grandes petroleiros. Eles saem de seu país de origem carregados de petróleo e retornam com água. Por exemplo, os navios-tanque partem do Alaska, Estados Unidos – primeira jurisdição a permitir a exportação de água – com destino à China e ao Oriente Médio carregando milhões de litros de água.


Nesse comércio, até uma nova tecnologia já foi introduzida no transporte transatlântico de água: as bolsas de água. A técnica já é utilizada no Reino Unido, Noruega ou Califórnia. O tamanho dess as bolsas excede ao de muitos navios juntos, destaca a revista Consulex. “Sua capacidade [a dos navios] é muito superior à dos superpetroleiros”. Ainda de acordo com a revista, as bolsas podem ser projetadas de acordo com necessidade e a quantidade de água e puxadas por embarcações rebocadoras convencionais.


Há seis anos, o jornalista Erick Von Farfan também denunciou o caso. Numa reportagem no site eco21 lembrava que, depois de sofrer com a biopirataria, com o roubo de minérios e madeiras nobres, agora a Amazônia está enfrentando o tráfico de água doce. A nova modalidade de saque aos recursos naturais foi identificada por Farfan de hidropirataria. Segundo ele, os cientistas e autoridades brasileiras foram informadas que navios petroleiros estão reabastecendo seus reservatórios no Rio Amazonas antes de sair das águas nacionais.

Farfan ouviu Ivo Brasil, Diretor de Outorga, Cobrança e Fiscalização da Agência Nacional de Águas. O dirigente disse saber desta ação ilegal. Contudo, ele aguarda uma denúncia oficial chegar à entidade para poder tomar as providências necessárias. “Só assim teremos condições legais para agir contra essa apropriação indevida”, afirmou.

O dirigente está preocupado com a situação. Precisa, porém, dos amparos legais para mobilizar tanto a Marinha como a Polícia Federal, que necessitam de comprovação do ato criminoso para promover uma operação na foz dos rios de toda a região amazônica próxima ao Oceano Atlântico. “Tenho ouvido comentários neste sentido, mas ainda nada foi formalizado”, observa.

Águas amazônicas


Segundo Farfan, o tráfico pode ter ligações diretas com empresas multinacionais, pesquisadores estrangeiros autônomos ou missões religiosas internacionais. Também lembra que até agora nem mesmo com o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) foi possível conter os contrabandos e a interferê ncia externa dentro da região.


A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobrás e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil.

A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce. Somente o local do deságüe do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão e fica dentro do território do Amapá. Neste lugar, a profundidade média é em torno de 50 m, o que suportaria o trânsito de um grande navio cargueiro. O contrabando é facilitado pela ausência de fiscalização na área.


Essa água, apesar de conter uma gama residual imensa e a maior pa rte de origem mineral, pode ser facilmente tratada. Para empresas engarrafadoras, tanto da Europa como do Oriente Médio, trabalhar com essa água mesmo no estado bruto representaria uma grande economia. O custo por litro tratado seria muito inferior aos processos de dessalinizar águas subterrâneas ou oceânicas. Além de livrar-se do pagamento das altas taxas de utilização das águas de superfície existentes, principalmente, dos rios europeus. Abaixo, alguns trechos da reportagem de Erick Von Farfan:


O diretor de operações da empresa Águas do Amazonas, o engenheiro Paulo Edgard Fiamenghi, trata as águas do Rio Negro, que abastece Manaus, por processos convencionais. E reconhece que esse procedimento seria de baixo custo para países com grandes dificuldades em obter água potável. “Levar água para se tratar no processo convencional é muito mais barato que o tratamento por osmose reversa”, comenta.

O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo de um processo desastroso para a Amazônia. E isto surge num momento crítico, cujos esforços estão concentrados em reduzir a destruição da flora e da fauna, abrandando também a pressão internacional pela conservação dos ecossistemas locais.

Entretanto, no meio científico ninguém poderia supor que o manancial hídrico seria a próxima vítima da pirataria ambiental. Porém os pesquisadores brasileiros questionam o real interesse em se levar as águas amazônicas para outros continentes. O que suscita novamente o maior drama amazônico, o roubo de seus organismos vivos. “Podem estar levando água, peixes ou outras espécies e isto envolve diretamente a soberania dos países na região”, argumentou Martini.

A mesma linha de raciocínio é utilizada pelo professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná, Ary Haro. Para ele, o simples roubo de água doce está longe de ser vantajoso no aspecto econômico. “Como ainda é desconhecido, só podemos formular teorias e uma delas pode estar ligada ao contrabando de peixes ou mesmo de microorganismos”, observou.

Essa suposição também é tida como algo possível para Fiamenghi, pois o volume levado na nova modalidade, denominada “hidropirataria” seria relativamente pequeno. Um navio petroleiro armazenaria o equivalente a meio dia de água utilizada pela cidade de Manaus, de 1,5 milhão de habitantes. “Desconheço esse caso, mas podemos estar diante de outros interesses além de se levar apenas água doce”, comentou.


Segundo o pesquisador do Inpe, a saturação dos recursos hídricos utilizáveis vem numa progressão mundial e a Amazônia é considerada a grande reserva do Planeta para os próximos mil anos. Pelos seus cálculos, 12% da água doce de superfície se encontram no território amazônico. “Essa à © uma estimativa extremamente conservadora, há os que defendem 26% como o número mais preciso”, explicou.


Em todo o Planeta, dois terços são ocupados por oceanos, mares e rios. Porém, somente 3% desse volume são de água doce. Um índice baixo, que se torna ainda menor se for excluído o percentual encontrado no estado sólido, como nas geleiras polares e nos cumes das grandes cordilheiras. Contando ainda com as águas subterrâneas. Atualmente, na superfície do Planeta, a água em estado líquido, representa menos de 1% deste total disponível.


A previsão é que num período entre 100 e 150 anos, as guerras sejam motivadas pela detenção dos recursos hídricos utilizáveis no consumo humano e em suas diversas atividades, com a agricultura. Muito disto se daria pela quebra dos regimes de chuvas, causada pelo aquecimento global. Isto alteraria profundamente o cenário hidrológico mundial, trazendo estiagem mais longas, menores índices pluv iométricos, além do degelo das reservas polares e das neves permanentes.


Sob esse aspecto, a Amazônia se transforma num local estratégico. Muito devido às suas características particulares, como o fato de ser a maior bacia existente na Terra e deter a mais complexa rede hidrográfica do planeta, com mais de mil afluentes. Diante deste quadro, a conclusão é óbvia: a sobrevivência da biodiversidade mundial passa pela preservação desta reserva.

Mas a importância deste reduto natural poderá ser, num futuro próximo, sinônimo de riscos à soberania dos territórios panamazônicos. O que significa dizer que o Brasil seria um alvo prioritário numa eventual tentativa de se internacionalizar esses recursos, como já ocorre no caso das patentes de produtos derivados de espécies amazônicas. Pois 63,88% das águas que formam o rio se encontram dentro dos limites nacionais.


Esse potencial conflito é algo que projetos como o Sistema d e Vigilância da Amazônia procuram minimizar. Outro aspecto a ser contornado é a falta de monitoramento da foz do rio. A cobertura de nuvens em toda Amazônia é intensa e os satélites de sensoriamento remoto não conseguem obter imagens do local. Já os satélites de captação de imagens via radar, que conseguiriam furar o bloqueio das nuvens e detectar os navios, estão operando mais ao norte.


As águas amazônicas representam 68% de todo volume hídrico existente no Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é fundamental. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso a água limpa. Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo podem ser qualificados como limpos.

(Envolverde - EcoAgência)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Qual o limite da decepção?

As modificações draconianas das normas ambientais, em especial aquelas concernentes ao Código Florestal em vigor no país, ou seja, Lei 4771 de 1965, já se banalizaram a tal ponto que sequer as organizações ambientais mais ferozes estão se mobilizando. É muito preocupante se assistir à derrocada do setor ambiental, sem que a população seja bem informada pela mídia, a ponto de reagir. As próprias autoridades constituídas para cuidarem do meio ambiente propõem constantemente resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e modificações da legislação em vigor abrindo as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e as Reservas Legais, para não falar de uma corriqueira mudança de categorias de unidades de conservação das mais restritas para as menos restritas.

Tudo vem mudando celeremente em prejuízo claro para a conservação da natureza. Desde que escrevo para Oeco venho constatando e escrevendo sobre as políticas tendenciosas que nossos governantes têm adotado. Meio ambiente virou moeda de troca. As resoluções do CONAMA mais parecem ser dispositivos de ministérios envolvidos profundamente com o Programa de Aceleração do Crescimento, o famoso PAC. Ademais, o próprio CONAMA tem perdido gradativamente as suas atribuições e poderes e é cada dia mais fraco e indeciso. Pior ainda, este governo exerce ameaças constantes e públicas contra o mecanismo de licenciamento ambiental, contra os ambientalistas e até contra os funcionários públicos que cumprem seu dever de exigir trabalho sério das empreiteiras que constroem as obras do governo.

Se pode tudo. Aceitar as “pequenas” centrais hidroelétricas (PCHs) de “baixo impacto ambiental” sem estudos de impacto ambiental, nem relatório de impacto ambient al. E assim as PCHs proliferaram nos rios do Brasil, sem se ter uma visão do que está acontecendo nas bacias ou micro bacias hidrográficas, sem que a sociedade perceba que a maioria provoca sim, grandes impactos ambientais. Comem cachoeiras magníficas, matas ciliares, até capões de araucárias, se interfere no fluxo natural de enchentes e vazantes na planície pantaneira com a maior desfaçatez, se destrói o potencial pesqueiro e se alteram as condições vitais para a fauna. Basta como exemplo, conhecer-se a proposta de PCHs no rio Silveira no Estado do Rio Grande do Sul, que, se autorizadas, afetarão o magnífico Cachoeirão dos Rodrigues e talvez o melhor resquício de mata de araucárias com samambaiaçus gigantes e o fenômeno dos rios que correm paralelos, um deles exatamente o rio Silveira. Para este rio a PCH não tem nada de “pequena”. É, simplesmente, o fim do rio e do enorme potencial turístico da região.

Nas APPs se permite até sistemas agroflorestais sustentáveis, embora se tenha demonstrado até a exaustão que estes sistemas, quando cortam árvores ao invés de plantá-las, são mais que tudo, formas de se provocar mais desmatamentos. Se pode quase tudo nas APPs urbanas, até parques infantis, parques urbanos e ciclovias. Agora também se propõe, e o ministro de meio ambiente parece estar de acordo, que as APPs sejam incluídas nas reservas legais previstas para cada propriedade rural. Mais se propõe que alguns plantios de frutas, ou seja, o uso da permacultura seja considerado factível na Reserva Legal.

Mudam-se constantemente, seja no nível federal ou estadual, categorias de unidades de conservação como Parques Nacionais, Reservas Biológicas e Estações Ecológicas em outras menos restritivas que compõem “um mosaico”, como se o uso do termo salvasse a biodiversidade e /ou os recursos naturais que deveriam ser protegidos para benefício da sociedade. Chega-se ao desplante de ch amar as áreas protegidas de “terras congeladas”, como se não tivessem nenhuma utilidade ou objetivo, como se fossem criaturas indesejáveis propostas por lunáticos.

Com tudo isso acontecendo pretende-se, ao mesmo tempo, evitar os desbarrancamentos, as erosões, a sedimentação, as enchentes, as mudanças climáticas, como em um passe de mágica. Claro que o clima também provoca esses fenômenos, mas o uso abusivo do solo, o não se cumprir medidas outrora previstas na legislação, modificada de forma tão irresponsável, acelera as destruições, os desabamentos, as mortes. Por motivos políticos as autoridades constituídas deixam “os pobres” se estabelecerem em áreas de risco, muitas vezes em plenas APPs, que deveriam estar no mínimo cobertas por vegetação natural. Aí quando há mortes a culpa é do clima. E, aproveitando- se da permissividade, os ricos também pulam na ocasião de instalarem residências na beira de rios e nas ladeiras com vi sta privilegiada.

As áreas protegidas nunca foram tão mal cuidadas ou faladas. Basta que grupos insignificantes de índios, ou quilombolas, ou “populações tradicionais” , bem assessorados por anarquistas, proponham qualquer direito sobre elas, que, sem estudos mais sérios e como que por esmola se dilaceram as unidades de conservação. Dão milhares de hectares, creio que porque nem têm noção do que é um hectare e porque são terras de ninguém e as autoridades do poder público encarregado de administrá-las para o bem comum não as quer na verdade, não lhes importa. Chegou-se ao absurdo de 19 famílias de quilombolas reivindicarem, com o beneplácito das autoridades, mais de 900.000 hectares do Parque Nacional do Jaú, no estado do Amazonas. Há países no mundo que não possuem este tamanho.

A última novidade do CONAMA foi quase aprovar uma minuta de resolução preparada pelo Ministério do Meio Ambiente, ou com sua anuência, e com o beneplácito de ONGs chapa branca diminuindo ou modificando o dispositivo legal ora em vigor que considera restingas APPs. Claro que agora não para agradar os “pobres”, mas os ricos do setor imobiliário que evidentemente querem ocupar as praias e a orla com seus hotéis e resorts de luxo, se possível com campos de golfe, também.

E o que estão fazendo as autoridades federais para interferirem no Código Florestal de Santa Catarina que é flagrantemente contra a disposição da legislação federal? Parece brincadeira se desmatar mais o estado que tanto vem sofrendo com os desastres ditos “naturais”. Digam à população, que se todos tivessem obedecido ao Código Florestal o desastre teria sido muito menor, menos triste, menos prejudicial.

Qual é o limite de irresponsabilidade dos nossos governantes com relação à área ambiental? Já apequenaram o IBAMA, que chegou a ser um órgão respeitado no passado. Já criaram o monstrengo do ICMB io. Já diminuíram o CONAMA. Já compraram a maioria das pequenas ONGs, que hoje são “chapas brancas”. Já fizeram dos órgãos ambientais plataformas para candidaturas de deputados e senadores. Quando vão parar? Qual é o limite que a sociedade desinformada ou mal informada vai aceitar? Fonte: O Eco

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

ENTREVISTA MARINA SILVA



Legado é maior do que já foi feito, diz Marina Silva

A senadora Marina Silva foi uma das principais companheiras de Chico Mendes na luta para impedir a destruição da floresta. Também ela acreana e filha de seringueiros, estava ao lado de Chico nos tradicionais empates, tentando impedir a ação das motosserras. Quinze anos após a morte do amigo, assumia o Ministério do Meio Ambiente com o objetivo de dar continuidade à luta, dessa vez pelos meios oficias. Hoje de volta ao Senado, avalia que o legado de Chico é ainda maior que os avanços alcançados após sua morte, mas considera também que ainda há muito a ser feito. Leia a seguir a íntegra da entrevista concedida ao Estado.

Passados 20 anos da morte de Chico Mendes, o que mudou na vida dos povos da floresta?

Quando a luta do Chico começou, essas populações estavam inteiramente abandonadas, dando um jeito de sobreviver depois de mais de um século de exploração em um regime de semi-escravidão. No final da década de 70, começo da 80, foram surpreendidos com a venda dos seringais pelos antigos supostos donos dessas terras para fazendeiros do Sul e Sudeste. Ali começou um processo de expulsão em massa, sobretudo no caso do Acre e de Rondônia, para as periferias da cidades. Em Manaus, por exemplo, vive 75% da população do Estado do Amazonas. Mas como lá tem a Zona Franca foi possível suportar essa quantidade de pessoas. No caso do Acre, onde cerca de 53% vivem na capital, esse processo foi muito dramático, porque o Estado dependia e depende quase 80% de repasse da União e teve muita dificuldade em oferecer atendimento de saúde, educação e moradia para essas populações. O momento em que o Chico começou a luta era de muito desamparo. O que eles queriam era a não derrubada da floresta e que as pessoas pudessem continuar em suas colocações nos seringais. Aí que se cunhou o conceito de reserva extrativista. A primeira foi criada após a morte do Chico, e hoje já são mais de 11 milhões de hectares de reserva que beneficiam mais de 53 mil famílias em todo o Brasil. São conquistas muito importantes que podem ser celebradas. Mas quanto ao sonho de ver o desenvolvimento da região com a proteção dos índios e das comunidades, ainda não conseguimos tudo. Tivemos um processo de conquistas, mas elas não são plenas. Até porque a grande mudança que se queria era a mudança do modelo de desenvolvimento e isso é um desafio para o mundo inteiro.

Qual seria a principal mudança?

A idéia que se tinha de que a Amazônia era um lugar atrasado, sem presença de população, uma floresta a ser domada, foi mudando significativamente na mentalidade e na atitude da maioria dos brasileiros. Claro que ainda é um começo, mas é significativo. Até porque o outro modelo tem 300 anos de tecnologia, de incentivo, de recurso, de governos apoiando. O modelo do desenvolvimento sustentável é muito recente. Até bem pouco tempo tínhamos no Acre o esquadrão da morte. A história se faz de processos cumulativos e acho que há um acúmulo positivo, mas claro que temos um sentido de urgência e que os passos precisam ser acelerados no rumo do desenvolvimento sustentável.

Mas apesar de terem sido criadas dezenas de reservas, essas populações ainda não têm conseguido viver só do extrativismo. Muitas reservas ainda não têm nem sequer plano de manejo e de ação. Isso não ofusca um pouco o avanço obtido?

Acho que são processos que estão em curso. Da mesma forma que ainda as pessoas nas periferias do País não vivem nas condições de dignidade que a gente gostaria que elas tivessem. Por isso digo que são processos cumulativos. No meu entendimento esse trabalho não ficou só na demarcação da reserva, mas temos processos em curso. Por exemplo, a criação do Instituto Chico Mendes, criado para cuidar de todas as unidades de conservação do Brasil. Antes isso era cuidado só por uma diretoria do Ibama com dificuldades enormes. Ou a criação do Serviço Florestal Brasileiro, que assegura que as concessões de áreas priorizem essas comunidades. Saímos da lógica de só criar reservas em áreas remotas para criar também na frente de expansão predatória. Trabalhamos no Plano Amazonas Sustentável, no Plano de Comunidades, que ainda não foi lançado, mas prevê um programa de cerca de R$ 1,6 bilhão até 2010 para essas comunidades. Acabamos de aprovar no Congresso a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que garante aposentadoria para os extrativistas. É um processo que não vai de vento em popa porque existe uma resistência muito grande. Essa PEC ficou um ano na mesa aguardando votação e quando saí tive de ouvir com ironia que "a caridosa Marina Silva agora quer dar aposentadoria para os extrativistas". Claro que não está tudo perfeito, mas também não foi só demarcar e deixar as pessoas no meio do mato.

O problema é que enquanto isso não avança, tem-se a impressão de que o pessoal em algumas reservas vai desistindo do extrativismo como modelo econômico, como o caso da Reserva Chico Mendes, que apresenta um crescimento do cultivo de gado.

Eu concordo que deveria ser mais rápido, mas temos 300 anos na frente de outros modelos. E tem de sair do zero para fazer esse esforço. Essa mudança de algumas pessoas, que não são todas, que resolveram transformar um terreno em pasto para adotar o gado de fazendeiros que ficam ali fazendo pressão ao lado da reserva é um desvio. Agora essa fazendinha que tem ali dentro surgiu já na época dos empates. Quando a reserva foi criada essa região já estava desmatada. Não é tudo fruto de ação de seringueiro.

A senhora acha então que esse caso da Chico Mendes é mais exceção que regra?

Veja, o que estou dizendo é que a criação de uma reserva não é coisa de pequena monta. No Estado do Pará não se criava uma reserva há anos e se criou uma reserva de mais de 13 milhões de hectares dentro da terra do Cecílio Rego Almeida (na Terra do Meio), que era de grilagem. É a maior estação ecológica do planeta. Não quero elevação disso, mas mostrar que é um processo difícil, que levou ao assassinato da irmã Dorothy. São ações que estão alterando um processo histórico de apropriação indevida, de grilagem. Primeiro se assegurou a terra das comunidades tradicionais. O próximo passo é implementação. As comunidades têm toda a razão de querer urgência nisso, mas tem um caráter difícil mesmo. E não digo isso em uma perspectiva defensiva nem para dizer que está perfeito, mas é porque a luta do Chico Mendes tem conquistas. Se imaginar que foram inibidas 37 mil propriedades de grilagem no Amazonas, envolvendo Pará, Mato Grosso e Rondônia... Isso certamente tava incidindo sobre as comunidades. Então barrar um processo como esse é fazer um empate institucional que com as certeza as comunidades nunca teriam condições de fazer sozinhas. Então a luta do Chico teve essa vitória de ter transformado essa agenda em uma agenda de Estado.

É o governo assumindo o papel dos seringueiros da década de 80?

Hoje existem 27 delegacias especializadas da Polícia Federal fazendo um trabalho que antes era só dos seringueiros, dos índios se defendendo. Quem imaginaria 1500 serrarias sendo desconstituídas, não só embargadas? Isso era impossível 20 anos atrás. Ou então a Polícia Federal descendo com 480 policiais como ocorreu em 2004 para fazer a maior o operação de combate aos crimes ambientais no Mato Grosso? Quem imaginaria o índice de desmatamento caindo 72% no Estado, em que pese toda a contra-mão do governo? Isso tudo incide nas comunidades porque a pressão de tudo isso é sobre elas. Mas não tiro uma vírgula de que esse processo tem de andar rápido, que tem de ter um plano, que tem de ter a economia comunitária. Tanto que aprovamos no Senado uma emenda na Comissão do Meio Ambiente, em homenagem aos 20 anos da morte de Chico Mendes, R$ 100 milhões para tentar agilizar essa agenda em 2009.

A senhora acredita que essa foi a grande conquista de Chico Mendes?

Me lembro quando eu era pequena que meu pai ficou duas horas ouvindo num rádio chiando no meio do mato onde morávamos o discurso do Garrastazu Médice. Ao final ele virou para minha mãe e falou: "Mas ele não disse nada sobre o preço da borracha. E é claro que ele é que não ia falar porque estávamos abandonados no meio da floresta. Ninguém mais falava em preço da borracha. A grande conquista de Chico é que hoje a sociedade brasileira é sensível à Amazônia e às comunidades tradicionais.

E quando ele morreu o Brasil ainda levou uns dias para absorver a comoção que tinha sido no exterior.

Exatamente. Me lembro que alguns dias antes de ele ser assassinado eu fui a Xapuri e nos encontramos. Quando estava indo embora, ele falou que não ia ter jeito, iam pegar ele. Fiquei calada, e ele continuou. É 'nêga véia', dessa vez vão me pegar. Continuei calada, ele repetiu mais uma vez e eu disse para irmos a Rio Branco, denunciar na imprensa. E ele falou: 'Não adianta, toda vez que eu faço isso me dizem que eu estou me fazendo de vítima, que quero me promover, que quero virar mártir. Vi que estava desamparado, desolado. Quase que saindo da impotência para alguma potência. E agora o governo do Acre está pegando um empréstimo do Banco Mundial para o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre, que tem um forte olhar para essas comunidades. O Chico ganhou a irã e raiva de todo mundo porque foi ao Congresso americano denunciar um empréstimo do Banco Interamericano para o asfaltamento da BR-364 que não estava cumprindo com cláusulas de respeitos às comunidades locais e populações indígenas.

Chico dizia que queria viver, que não achava que sua morte poderia ajudar a causa. A senhora acha que se ele estivesse vivo teria se alcançado tudo que se conseguiu em conseqüência ao assassinato dele?

Eu preferia ele vivo, porque acho que a história sempre se elabora dentro das relações sociais que se vai construindo. Com ele vivo talvez fosse um caminho. Não acredito que, vivendo a crise ambiental que temos hoje, e com os avanços que tivemos na consciência das pessoas em todo o mundo sobre o papel da floresta, da biodiversidade, e o valor das populações locais em sua proteção, que as coisas pudessem continuar do jeito que elas estavam antes. Certo que seriam outros caminhos. Agora é claro que a morte do Chico deu visibilidade para isso, mas não porque ele foi morto, mas porque as idéias que ele defendia eram válidas, deu porque o que ele fazia tinha uma força de verdade que prevaleceu com sua morte. O tema era importante.

E quais são os principais passos daqui para frente para fortalecer essas comunidades? O Fundo Amazônia deve dar um impulso para o tão defendido pagamento por serviços ambientais?

O Fundo Amazônia tem de fazer isso. Até porque a União Européia está discutindo fazer um aporte de US$ 20 bilhões para países que têm floresta. E qualquer política que não seja capaz de ter um olhar para os serviços ambientais prestados por essas comunidades será aldo na contra-mão. Mas o desafio é a mudança de modelo predatório na pecuária, na produção de grãos, na exploração de madeiro, para um modelo de sustentabilidade. Chico Mendes tem de ser visto como alguém que deixou um legado que se espalhou para além da família, dos amigos. Se impôs de forma legítima no coração e na mente das pessoas e nas dinâmicas sociais e culturais. Não pode se medido pelo que foi feito até agora. As conquistas ainda são bem menores que esse legado, mas é ele que nos impulsiona para frente e nos dá força para fazer o bom combate na mudança estruturante que o Brasil precisa ter, que é a da sustentabilidade ambiental, econômica e social.

(Fonte: Giovana Girardi / O Estado de S. Paulo)