domingo, 18 de novembro de 2012

Luta contra a desigualdade passa pelo acesso a sanitários, afirma ONU

A eliminação das desigualdades pode começar em um lugar muito pouco considerado, os banheiros, segundo declarou nesta sexta-feira (16), em Genebra, a relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU), Catarina de Albuquerque, por ocasião do Dia Mundial dos Banheiros. Ela é encarregada do direito fundamental à água potável e saneamento. Este dia, comemorado em 19 de novembro, busca chamar a atenção para os 2,5 bilhões de pessoas no mundo que não têm acesso a banheiros. “O acesso aos banheiros ilustra melhor do que todo o resto a desigualdade entre quem tem acesso e os que não têm’, acrescentou Alburquerque. “A cada dia, 7.500 pessoas, entre elas 5.000 crianças com menos de 5 anos, morrem em consequência de carecer de sanitários”, alertou a especialista. “Todos os anos, 272 milhões de dias de aula são perdidos por doenças vinculadas à falta de sanitários”, recorda a encarregada, revelando ainda que mais de uma em cada três pessoas não têm acesso a sanitários. “O acesso aos serviços sanitários é um dos principais Objetivos do Milênio e é visível que não será cumprido até 2015″. Segundo ela, um bilhão de pessoas fazem diariamente suas necessidades ao ar livre. “Tente imaginar-se sem banheiro, sem trabalho, sem casa. Imagine-se tendo de fazer suas necessidades nas ruas de sua cidade; imagine-se tendo de encontrar a cada dia um lugar seguro. Imagine a insegurança e a indignidade desta situação, especialmente se você é uma mulher”, afirmou Albuquerque. O acesso a sanitários faz parte dos direitos humanos básicos. Quem não utiliza desse direito é considerado marginalizado e excluído da sociedade. (Fonte: G1)

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